Eu voltei para o facebook. Voltei meio que no embalo porque meu marido fez um para deixar a página da empresa e para ele rever os amigos. Foi legal ele poder ter reencontrado vários familiares e eles terem sido bem acolhedores, ainda que online.
Então fiz um para mim. Mas minha visão não mudou a respeito. Continuo achando patético o fato de as pessoas poderem ter contato e ainda assim só o fazerem online. Ok.
Desde que cheguei aqui enfrentei grande dificuldade para fazer amigos. Fiquei surpresa ao ver que nem sempre as pessoas são amigas: elas apenas tem coisas em comum ou tem algum interesse. Fica muito fácil se enganar pelo ponto em comum: se você acha um conterrâneo ou alguém que fale a sua língua, você se sente imediatamente "em casa", mesmo que não saiba 1 milímetro sobre a vida da pessoa. Achava que isso era coisa da minha cabeça até ver um texto na internet sobre fazer amizades na fase adulta.
Entre os casados, alguém sempre vai falar mais forte e o padrão de amizades será determinado por uma das partes: pode ser que criem laços fortes, pode ser que criem nós cegos, pode ser que criem amizades bem vastas, mas com um palmo de profundidade, afinal, o que vale é o que se tem em comum... e dependendo do que se tem em comum, isso cai numa rotina braba e loguinho a amizade acabou... Quando a amizade vem por interesse, parece mais duradoura rsrs até que se percebe quem as pessoas realmente são e se não houver chance de beber da fonte, é só cair fora também.
Para os pais, há uma tentativa de deixar os filhos de boa, enquanto que os pais definem o que tem em comum e eventualmente algum interesse pode rolar rsrsrs
Chamem-me de chata, de anti-social, do que quiserem. Mas tenho preferido muitas vezes ficar só, a ter que me moldar para ter uma vida social. Fico besta de ver como os valores, a fé, ficam facilmente dissolvidos nessa ânsia por ser social. Se ser anti-social é um problema, precisa de terapia, rsrs, então esse "social" que tenho visto também é um problema, principalmente quando você contraria o fato de ter que "...transformar o mundo através da renovação da nossa mente"...
Aprendi nesse tempo em que passo bastante sozinha, que há laços mais profundos para eu atar. Me pergunto se há amizades (com todo o significado da palavra) depois que a gente cresce. Encontrei algumas amizades; algumas são como irmãs mais velhas que cuidam e se mostram presentes. Algumas soam como a harpa de Davi, que vem tocar para você quando você está triste. Outra, são como Jônatas, que em I Samuel 23:16, que ajudava Davi a encontrar forças em Deus. Mas outras são para quando ninguém mais pode, então eu sirvo. Para desfrutar de outras, preciso mudar e fazer coisas que não quero e nem acho certo; então, desculpaí, mas cada um no seu cada um. Agora, quando todas as amizades ou a maior parte delas estiverem capengando, é que a gente vê que é O Amigo de verdade. Impressionante como não se fica sozinha quando se sabe que Ele está perto. Me lembro daquela música do Sergio Pimenta: "quando se está só, se está porque deseja, pois Ele com certeza não foge de ninguém!"
Isso não tem preço!
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